
Em 1978, como parte de uma das ações da Operação Condor (ações de “contra-subversão” realizadas em conjunto pelos serviços de inteligência das ditaduras do Cone Sul nas décadas de 70 e 80) uma série de vôos clandestinos partiram da Argentina com destino ao Uruguai levando dezenas de prisioneiros de organizações de esquerda que haviam sido capturados e/ou seqüestrados pelos órgãos de repressão daquele país. No Uruguai a maioria dos prisioneiros acabou sendo torturada e/ou “desaparecida”.
Apesar da existência de uma lei de anistia (ley de caducidad) aprovada através de plebiscito no final dos anos 80, o ex-ditador não pode escapar de uma acusação de “desaparecimento forçado” de cidadãos uruguaios. O desaparecimento forçado foi excluído da lei de anistia há dois anos, através da publicação de uma nova lei.
A “consolidação do processo democrático” nos países da AL que sofreram com ditaduras depende mais da pressão das organizações que lutam pelos direitos humanos (como às de familiares de desaparecidos) e dos movimentos sociais, do que da boa vontade dos governos e políticos nacionais. Este pode ser um bom exemplo a ser seguido... a imagem diz tudo.
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