quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Menos Cartas.

Acabo de ler no blog do Mino Carta que ele abandona a blogosfera e pretende baixar a pena por um tempo em Carta Capital.
Decepcionou-se definitivamente com o Governo Federal e irritou-se em demasia com os vários comentários imbecis postados em seu blog. Pelo menos esta é minha avaliação.
Como sou cara-de-pau (com as novas regras, sinceramente não sei se tem hífen ou não) e insolente, postei um comentário lá discordando dele. Segue...

Caro Mino. Não concordo com sua posição e, consequentemente, me é impossível respeitá-la (alto lá, não se irrite, pois este desrespeito tem a ver com o desacordo, e não com falta de educação). Aqui vão algumas razões para minha postura. 1)Sou leitor do blog e de Carta Capital e, embora seus textos sejam um farol de dignidade em relação à mídia tradicional, sempre tive uma certa decepção com sua opção de respeito e admiração para com algumas das opções políticas da esquerda nacional. Esta sua admiração vem diminuindo nos últimos tempos, é verdade, mas jamais poderia ter sido alimentada por uma pessoa de seu porte intelectual. Se bem é verdade que a elite nacional é medieval e medíocre, também é igualmente verdade que os partidos de esquerda e a intelectualidade que os cerca são desprovidos de ideologias sólidas, caráter de classe e ética. São socialmente subservientes à elite! A trajetória dos dirigentes petistas no governo federal nos últimos 6 anos, não deixa dúvidas quanto a isso. Nossa principal diferença é que nunca confiei neles, você deveria ter feito o mesmo! 2) Apesar disso, sempre o vi deste lado da trincheira. Você é inspiração e exemplo para muitos jornalistas neste mundo onde a boçalidade campeia solta, principalmente nas camadas mais jovens da sociedade. Cruzar os braços e baixar as armas, não é uma atitude respeitável, pois não há substitutos à altura. Repense, respire fundo e volte à labuta. Abraços fraternos. DMandú. http://reviraevolta.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sujeitinho impertinente...

Vejam só... para criticar minha longa ausência aqui no Blog e protestar pela falta de inspiração que meus brilhantes textos trazem à sua parca inteligência, um amigo apareceu por aqui e deixou um comentário com a seguinte pérola:

"aqui jaz um blog. oremos."

Sim, pode acreditar, está logo aí embaixo, como comentário do post "Operação Desvio Padrão". "Sujeitinho impertinente" foi a primeira coisa que me veio a cabeça. Oras, onde já se viu visitar um amigo com o único intuito de criticá-lo. E ainda por cima utilizando-se de ironia deísta: "Oremos"??? Oremos é o caralho!!!
Pensei em dar-lhe um corretivo, pois trata-se de um moleque de trintaepoucos anos que obviamente não sabe que deve respeito a um quasequarentão... Depois me lembrei de um detalhe: o rapaz é metido a artista.
Sim, sim: artista. O pimpão é dado a escrever, dirigir, iluminar e sonorizar peças de teatro. E, como só este fato já indica que o garboso de normal não tem nada (isto sem mencionar que o dito cujo se alimenta apenas com generosas porções de pastilhas Halls), decidi utilizar minha famosa condescendência e perdoar-lhe o atrevimento.
Mais, para demonstrar minha imensa generosidade, divulgo aqui as próximas atrações que o sujeitinho, de nome César Ribeiro, apresentará no Espaço Satyros 2 (Praça Rosevelt, 134 / Sábados e domingos, 18h30).
Reparem que o flyer de divulgação das peças está muito bonito... aliás, foi criado por mim.

Queen - A festa
7/3 a 26/4
Festa teatral em que o público é convidado a beber vinho e dançar músicas disco para celebrar o aniversário de Queen em uma danceteria no último dia do terceiro milênio. Com Sergio Silva Coelho

Sessenta minutos para o fim
2/5 a 28/6
Inspirada em Beckett, a peça mostra a história de dois atores que aguardam em um teatro em ruínas a chegada de um público que nunca aparece. Com Ulisses Sakurai, Paulo Campos e Priscilla Maia

Cigarro frio em noites mornas
4/7 a 30/8
Inspirada na obra de Nelson Rodrigues e Plínio Marcos, narra a trajetória de um legista que tenta convencer uma prostituta a aceitar que está morta. Com Paulo Campos, Rosangela Guidini e Priscilla Maia

Somente os uísques são felizes
5/9 a 25/10
Um homem precisa juntar 13 bitucas de cigarro para salvar a humanidade do julgamento final. Faltando apenas uma, ele se encontra preso em um aposento depois que a chave foi comida por um pássaro de pelúcia com prisão de ventre. Com Ulisses Sakurai e Priscilla Maia