quinta-feira, 26 de junho de 2008

Voltei... triste...mas, voltei.

Os últimos meses tem sido insanos. Insanidade causada por excesso de trabalho, aulas, provas e pouco tempo para meus prazeres e família. Doenças de nossa época. Época de doenças sociais...
Mas a tristeza não foi causada por isso. Este blog, com seus poucos textos de vida, tem sido uma grata alegria para mim e, provavelmente, apenas para mim. Alegria por poder desenvolver algumas idéias que há tempos estavam sendo matutadas intimamente e a simples possibilidade de torná-las universais — milagrosa esta tal de www — já me dá a esperança de não ser apenas mais um, mas de ser UM. Que pensa e diz o que pensa. Algo que em nossos tempos já é mais do que a média e, cá entre nós, a média é algo que sempre quis superar, aliás, creio que todos deveriam ter esse propósito. Com certeza o mundo seria melhor se muitos fizessem um mínimo esforço para ser mais que a média...
Mas o que me traz de volta — além de alguns poucos dias de descanso do trabalho e da faculdade — foi a constatação de que não cumpri uma das metas que me propus quando comecei a escrever aqui. E esta em particular me deixou triste.
Queria aproveitar este espaço para homenagear algumas pessoas que têm sido fundamentais em minha formação como ser humano. E uma delas completou, no último dia 14 de abril, 78 anos de sua morte. A data passou despercebida para muitos e, tristemente, para mim.
Trata-se de meu poeta favorito: Vladimir Maiakovski. Nasceu na Geórgia em 1893 e suicidou-se em Moscou em 1930.
Nunca “paguei” de culto ou coisa que o valha, não entendo de poesia a ponto de apontar esta ou aquela corrente literária que mais me agrada. Poesia para mim é algo flexível, volátil e moldável. Trata-se de palavras à procura de um receptáculo, do encaixe perfeito. E isto não depende exclusivamente de quem as esculpe, para mim além do poeta é necessário o público, capaz de compreender e sentir o que este diz. E, com este conceito que é apenas meu, Maiakovski foi o maior de todos. Para mim é aquele que escreveu da melhor forma que eu pudesse compreender e sentir. Fico grato a ele e a ele recorro quando necessário. Se acreditasse em vida após a morte, pediria perdão por esquecer sua morte, mas, assim como ele, sou um materialista histórico por isso não há perdão, apenas obrigado.

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